Embora possuam aparência semelhante, há diferentes tipos sanguíneos, onde cada um deles possui uma combinação única de antígenos, proporcionando-lhes seus próprios benefícios e características únicas.
Não à toa, eles são capazes de dizer muito sobre a saúde de uma pessoa e até mesmo influenciar na forma como ela reage a determinadas situações. Uma delas, está relacionada à ascendência, afinal, tanto o tipo, quanto o fator RH são herdados dos pais. Mas, essa não é a única razão pela qual você precisa conhecer o seu.
Neste artigo, vamos explorar os quatro principais tipos sanguíneos, suas características, a relação com o fator RH, como descobrir o seu e a importância deste conhecimento. Acompanhe!
Tipos sanguíneos: Entenda o que isso significa
Apesar de correr na veia de todos, nem todo mundo conhece o seu próprio tipo sanguíneo, especialmente, por nunca ter feito um exame que lhe fornecesse essa informação, que embora pareça ser apenas um detalhe, pode, literalmente, salvar uma vida!
Existem basicamente, 4 tipos sanguíneos: A, B, AB e O. Alguns deles são compatíveis, enquanto outros não. Isso ocorre, pois, há variações quanto a quantidade de componentes que os diferenciam. Infelizmente, antes de ter este conhecimento, muita gente já tinha morrido.
Os tipos sanguíneos, só foram descobertos no final do século XIX, quando o médico Karl Landsteiner, observou que ao misturar amostras de sangue, formavam-se aglomerados de hemácias, que consequentemente, geravam um coágulo.
Pouco tempo mais tarde, descobriu-se que essa reação ocorria por conta da incompatibilidade entre os tipos sanguíneos das amostras, justificando assim, a morte de inúmeras pessoas no passado por conta de transfusões que não consideravam este fator, simplesmente por não o conhecer.
Hoje, muito já se sabe sobre os tipos sanguíneos, e é exatamente sobre eles, que vamos falar a seguir:
Sangue tipo A
O sangue tipo A é considerado como um dos mais comuns no Brasil, representando uma parcela de 42% da população (ignorando o fator RH). Normalmente, as pessoas com sangue tipo A tendem a ser saudáveis, energéticas e resistentes a doenças. No entanto, elas também são mais suscetíveis à ansiedade e ao stress.
Além disso, é importante saber que este tipo sanguíneo possui anticorpos contra o sangue do tipo B, o que significa que eles são incompatíveis. Considerando isso, uma pessoa com sangue tipo A, só poderá receber doação de sangue de doadores com sangue do mesmo tipo ou O.
Sangue tipo B
O tipo B, por sua vez, é um dos tipos mais raros, representando um percentual de apenas 10% da população. Assim como o tipo A, o sangue de tipo B também possui anticorpos contra os do tipo A, o que lhe confere o nome de “anti-A”.
Levando isso em conta, pacientes com este tipo sanguíneo, só poderão receber doações de sangue de pacientes com a mesma tipagem sanguínea ou do tipo O.
Sangue tipo AB
Já o sangue tipo AB é um tipo de sangue raro, pois apenas 4% da população tem esse tipo de sangue, que nada mais é do que o resultado da mistura dos outros dois tipos de sangue, A e B.
Aqui, é importante destacar que o tipo AB pode ser compatível com qualquer outro, o que o torna um importante componente em transfusões de sangue, uma vez que ele não causa nenhum tipo de reação adversa por causa da incompatibilidade.
Sangue tipo O
Por fim, temos o sangue de tipo O, que assim como o do tipo A, também é bastante comum. Representando um percentual de 44% de brasileiros, o sangue do tipo O possui como característica o fato de possuir anticorpos contra os sangues do tipo A e tipo B.
Isso significa, que ele só pode receber doações de seu próprio tipo, apesar disso, ele é considerado como “doador universal”, podendo doar para todos os demais tipos.
Fator RH e a relação com os tipos sanguíneos
Resumidamente, o Fator RH é determinado pela quantidade de antígenos presentes na superfície dos glóbulos vermelhos e são divididos em dois grupos: positivo e negativo. Além disso, trata-se de um determinante genético, transmitido para os filhos.
A relação entre o fator RH e os tipos sanguíneos é importante para saber como o sangue circula pelo corpo e quais são as características de cada tipo. Além disso, o fator RH também pode determinar a compatibilidade entre os doadores e os receptores de transfusões.
A compatibilidade considerando o fator RH fica da seguinte forma:
- Pessoas com sangue fator RH+, podem receber sangue de doadores com sangue fator RH+ e RH-, mas só podem doar para pessoas com fator RH também positivo (RH+).
- Pessoas com sangue fator RH-, só podem receber sangue de pessoas com sangue fator RH- e doar para pessoas com fator RH+ e RH-.
Vale destacar que se um determinado paciente receber uma transfusão de sangue que não seja compatível com o seu fator RH, ele poderá ter uma reação grave chamada febre hemolínica, podendo levá-lo ao óbito. Por isso, tão importante quanto conhecer os tipos sanguíneos, é conhecer o fator RH.
Como descobrir qual é o meu tipo sanguíneo?
Como vimos, saber o tipo sanguíneo é muito importante, especialmente, se houver alguma emergência médica na qual seja necessário fazer uma transfusão de sangue. Mas, como descobrir qual é o tipo sanguíneo?
Bom, atualmente, existem diferentes tipos de exames que podem te ajudar a descobrir essa informação. Um dos mais populares é o exame de tipagem sanguínea.
Para isso, é coletado uma amostra de sangue e então, adiciona-se uma gota desta amostra em cima de uma lâmina para cada tipo de antígeno, dependendo de como a mistura se comportar, o analista será capaz de identificar o tipo sanguíneo da amostra coletada.
A importância de conhecer o tipo sanguíneo
Em conclusão, você pode descobrir inúmeras informações sobre o seu próprio organismo através do tipo sanguíneo, como, por exemplo, sobre sua própria ascendência, uma vez que tanto a tipagem sanguínea, quanto o fator RH são herdados dos pais.
Apesar desta ser uma curiosidade bastante interessante, saber o seu tipo sanguíneo, bem como de seus familiares próximos pode ser determinante em caso emergência. Pois, como vimos, alguns tipos possuem antígenos incompatíveis com outros que, se misturados, podem resultar na morte do paciente.
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