Foi-se o tempo em que a hipertensão era doença apenas de idosos. Atualmente, já se sabe que ela pode acometer qualquer pessoa – independentemente de sua idade – que tenha um histórico genético propenso ou uma vida com a saúde desregrada.
Podendo ser originada por uma série de maus hábitos e resultar não apenas numa elevação repentina e muito grande da pressão arterial, a hipertensão tem se mostrado a cada dia mais perigosa. Principalmente, por não dar tantos sinais do seu desenvolvimento.
Considerando todos estes pontos, é importante estar sempre atento aos sintomas dessa e de demais doenças do gênero para que não se agrave e acabe por acarretar danos sérios ao paciente.
Sobre a hipertensão, propriamente dita, temos algumas explicações e dicas que podem ajudar quanto aos cuidados necessários para mantê-la distante. Acompanhe.
O que é hipertensão?
Basicamente, para que sigamos vivos, o sangue corre por entre as artérias do nosso corpo. Isso acontece com o bombeamento que o coração faz. Neste contexto, ele “empurra” o sangue para que ele passe por cada área venosa existente.
Quando tudo está funcionando de forma correta, essa pressão é estável, tendo apenas variações em decorrência do repouso ou esforço que ocorrem no passar do dia.
Entretanto, quando a variação ocorre independente dessas alterações e permanece alta por um período de tempo maior, temos a chamada hipertensão.
A hipertensão, em resumo, ocorre quando o sangue encontra algum tipo de obstáculo ao percorrer as artérias. Isso ocorre normalmente, por conta de algum tipo de constrição, que acaba por fazer com que uma elevação da pressão ocorra para forçar a passagem.
Ok, mas você sabe quando uma pressão é considerada alta? Atualmente, pressões medidas frequentemente com valores iguais ou maiores que 14 por 9 já são enquadradas no diagnóstico de hipertensão.
Principais causas e fatores da pressão alta
Segundo os estudos, sabe-se que o fator genético interfere muito na predisposição à hipertensão. Porém, também se sabe que ele não é uma sentença, mas deve ser levado como um alerta.
Há muitos outros fatores que influenciam de forma até mais considerável para a comorbidade além dos fatores genéticos. Portanto, é imprescindível que o paciente não se baseie unicamente no seu histórico familiar para se sentir imune à doença.
Dito isso, as principais causas da hipertensão são atrelados unicamente ao estilo de vida adotado no decorrer dos anos. Entre eles, destacam-se:
- Exposição a muitas situações de estresse
- Abuso de álcool e tabaco
- Consumo excessivo de sal
- Falta de controle dos índices de colesterol
- Descontrole sobre o peso
- Sedentarismo
- Ser diabético
- Possuir hipertireoidismo
- Possuir mais de 60 anos
Ademais, segundo estudos, observa-se que há maior incidência da doença em mulheres, que em homens. Além de também haver mais asiáticos e negros hipertensos que as demais etnias.
Sintomas de Hipertensão
De maneira geral, um dos grandes riscos da hipertensão é o fato de ela ser uma doença quase silenciosa. Normalmente, os principais sintomas podem ser observados apenas quando o quadro está em um estado mais grave.
Por isso, é importante manter uma medição periódica da pressão arterial, bem como estar ciente quanto ao histórico de saúde familiar.
Vale destacar que estas são maneiras de tanto paciente quanto médico estarem mais alertas aos pequenos sinais que a doença possa vir a manifestar.
Quanto aos sintomas, basicamente, quando a pressão sobe um pouco mais, algumas manifestações são mais características. Logo, é importante que você as conheça para que assim possa identificar uma possível crise e procurar ajuda médica o quanto antes. São eles:
- Fortes dores de cabeça
- Falta de ar
- Zumbido no ouvido
- Tontura
- Dores no peito
- Visão turva e/ou embaçada
Assim, ao notar os sintomas, procure um profissional para ao menos fazer a medição da pressão arterial e confirmar se você está ou não com a pressão alterada.
Diagnóstico para hipertensão
Em poucas palavras, o diagnóstico da hipertensão é feito por um cardiologista, sendo ele, o médico apto para avaliar as condições de saúde do paciente de forma geral e identificar se realmente há a doença.
Cultivar o hábito de fazer medições periódicas têm a mesma importância que colocar em prática uma rotina de vida saudável e livre de álcool e cigarro.
Essas medições, precisam ser feitas com cuidados mínimos, que são: não tomar café ou bebidas estimulantes, nem fazer atividade física antes de aferir a pressão.
Como funciona o tratamento para hipertensão
Já no quesito tratamento, este também é bastante simples. Costumeiramente, os pacientes se dividem em dois tipos de hipertensos: os que conseguem controlar a pressão apenas com a mudança dos hábitos e os que precisam aliar isso a medicamentos.
Quando o ajuste da rotina é o suficiente, há necessidade apenas de incluir atividade física no dia-a-dia; reduzir o consumo de álcool, sal e cigarro; controlar o estresse e também o peso.
Por outro lado, quando deve ser acompanhado de medicação, o que se precisa entender é que as drogas agirão como vasodilatadoras, serão associadas à melhora da qualidade de vida e precisam andar lado a lado para ter um resultado efetivo.
Afinal, de nada adianta tomar a medicação de forma correta se houver uma rotina desregrada, sem cuidados com a alimentação e o físico.
Conscientização e a importância da prevenção
Em pesquisa divulgada em 2019 pelo Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, soube-se que 53.022 pessoas no ano anterior morreram por conta da hipertensão.
Considerando estes dados, percebe-se que apesar de ser silenciosa, a hipertensão pode sim ser fatal. Ou ainda, acarretar uma série de outras doenças que destroem a qualidade de vida de qualquer pessoa.
Neste sentido, vale destacar que doenças como: acidente vascular encefálico, doença renal crônica, infarto agudo do miocárdio, doença arterial periférica, insuficiência cardíaca, entre outras, podem ter seus riscos aumentados por conta da hipertensão.
Por conta disso, no dia 17 de maio determinou-se o Dia Mundial da Hipertensão. A data comemorativa visa proliferar a informação, levando para o maior número de pessoas mais conhecimento sobre a doença.
Em conclusão, cuidar do seu próprio corpo, tanto durante o dia-a-dia, nas atividades corriqueiras, quanto preocupando-se em fazer check ups periódicos e consultas de rotina é a melhor forma de garantir uma vida longa e saudável. Portanto, ao menor sinal ou desconfiança, marque uma consulta com um especialista e cuide-se!
