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Esteatose hepática: o que é, quando se preocupar e como tratar?

A esteatose hepática é uma doença muito comum, porém, trata-se de uma patologia séria que requer tratamento a fim de minimizar os danos causados no organismo. Entenda.
esteatose hepatica, gordura no fígado

Toda doença deve ser tratada com cuidado e atenção. Mas as que afetam o fígado merecem um olhar ainda mais apurado. Como é o caso por exemplo da esteatose hepática, mais conhecida também como a doença relacionada à “gordura no fígado”.

Resumidamente, a esteatose hepática é uma doença muito comum, que de acordo com a Sociedade Brasileira de Hepatologia, aflige entre 20 a 30% da população mundial. No Brasil, este número se refere a uma estimativa de 40 a 60 milhões de pessoas diagnosticadas com a patologia.

Embora muito presente, este é um problema sério que, em casos mais raros, pode inclusive levar o paciente ao óbito. Felizmente, a esteatose hepática é uma condição que pode ser controlada de forma bastante fácil e com uma eficiência bem significativa.

Pensando nisso, reunimos no artigo de hoje informações importantes para que você entenda um pouco mais sobre o que é a doença, quais são as causas relacionadas a ela, como é feito o diagnóstico e o mais importante de tudo, como se prevenir. Acompanhe:

O que é esteatose hepática?

Resumidamente, a esteatose hepática é o nome que se dá para a condição observada no paciente que possui um acúmulo de gordura maior que o esperado no fígado. Este acúmulo, quando prolongado por muito tempo, pode resultar em uma série de danos ao organismo.

Entre eles, destaca-se a inflamação do próprio fígado, que se não controlada, pode evoluir para uma cirrose ou até mesmo chegar a se tornar câncer. Apesar de causar sérios prejuízos, na maioria dos casos é possível reverter a situação.

Quanto ao diagnóstico, a melhor forma de identificar a esteatose hepática, bem como em que grau ela se encontra é por meio de um ultrassom do abdômen, sendo fundamental para o diagnóstico da patologia.

Além do ultrassom, outros exames podem ser solicitados pelo médico para fins de identificar lesões, o tamanho do comprometimento ou outros prejuízos causados ao órgão e complementar o diagnóstico.

Graus da esteatose hepática

Como mencionado anteriormente, a esteatose hepática pode comprometer o órgão em diversos níveis. Sabendo disso, ela é classificada em 3 graus distintos, são eles:

  • Grau 1: quando a gordura encontrada no órgão acomete até 30% das células, a esteatose é considerada leve.
  • Grau 2: considerada moderada, no grau 2 a gordura encontrada no fígado pode atingir até 60% do órgão.
  • Grau 3: acima de 60%, o acúmulo é considerado como grave, requer maior preocupação e cuidados específicos.

Mas, o que pode causar a esteatose hepática?

Não há como negar que melhor do que remediar, é prevenir e evitar que a doença aconteça. Deste modo, entender o que de fato pode causar a esteatose hepática é de suma importância.

Embora muitas pessoas associam as doenças no fígado com a ingestão excessiva de álcool, isso não é bem um fato concreto. Isso porque, elas podem ser de origem alcoólica, mesmo quando de forma esporádica ou de origem não alcoólica.

Segundo as estatísticas, a maioria das causas de esteatose hepática estão relacionadas a um estilo de vida não saudável. Neste sentido, frequentemente fatores como: sobrepeso, má nutrição, sedentarismo, diabetes, gravidez e colesterol alto são apontados como causas para a patologia.

Quanto às crianças, especialmente as pequenas, as causas da esteatose hepática estão relacionadas a doenças metabólicas como resistência insulínica, colesterol e triglicerídeos altos, pressão alta, entre outras.

Dito isso, observa-se que não há idade para que a doença se alastre. Logo, reforma-se a necessidade de estar sempre em alerta para qualquer sinal ou indício de que há algo de errado.

Sintomas de gordura no fígado

Em geral, nem sempre uma pessoa com gordura no fígado irá apresentar sintomas ou alterações significativas em seu organismo que darão sinais de que há algo de errado.

Neste sentido, quando surgem, sabe-se que o grau está entre moderado a grave. Assim, sintomas como dores abdominais, cansaço em excesso, perda do apetite, além do aumento do fígado e outras alterações são facilmente percebidos.

Considerando tudo isso, é muito importante que ao menor sinal ou suspeita, que se procure um médico. Apenas um especialista será capaz de descartar ou identificar a patologia.

Sabendo que a esteatose hepática pode estar presente mesmo sem sintomas aparentes, manter os check-ups em dia é uma estratégia válida, já que possibilita identificá-la logo no início.

Principais tratamentos e como prevenir

Basicamente, tanto o tratamento para controle da doença, como a prevenção funcionam de maneira bastante similar. Isso porque, alguns cuidados são necessários para ambos os casos, são eles:

  • Circunferência abdominal: Manter a circunferência abdominal dentro do indicado de 88cm para as mulheres e 102cm para os homens.
  • Peso: Cuidar do peso para que a dieta seja sempre equilibrada. Aqui, é importante frisar que não é indicado fazer dietas radicais. O acompanhamento médico para que o equilíbrio seja atingido é fundamental.
  • Atividade física: o sedentarismo é uma das causas comuns de diversas patologias, portanto, para se prevenir, é recomendado a prática de atividade física regularmente.
  • Controlar o consumo de álcool: pacientes diagnosticados ou com suspeita de gordura no fígado devem se atentar ao consumo de álcool e aderir ao consumo social. Entende-se como consumo social, aquele que se resguarda aos finais de semana e/ou eventos esporádicos.
  • Alimentação: é fundamental escolher bem a qualidade dos alimentos que irá ingerir. De acordo com os especialistas, a simples troca de carboidratos refinados e ultraprocessados por carboidratos simples ou alimentos mais leves, implica diretamente na melhora/prevenção do quadro.

Em geral, as recomendações de tratamento se resumem ao zelo pelo bem-estar do organismo como um todo, focando em afastar o sedentarismo e prezar pela qualidade de vida aliada à uma alimentação mais saudável.

Vale destacar que dependendo do caso e do grau da esteatose hepática, pode ser que seja necessária a ingestão de medicamentos para proporcionar uma melhora do caso. No entanto, tratamentos medicamentosos para estes casos são poucos utilizados, mas quando o são, devem ser prescritos e acompanhados por um especialista.

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