Segundo dados do estudo realizado pela organização The Global Asthma Report, estima-se que mais de 339 milhões de pessoas ao redor de todo o mundo tenham asma. Se não fosse alarmante o suficiente, ainda de acordo com o estudo, até 2025 é esperado um aumento de 100 milhões de casos.
No Brasil, estima-se que existam cerca de 20 milhões de indivíduos diagnosticados com asma. Não à toa, instituiu-se o Dia Mundial da Asma.
Basicamente, o Dia Mundial da Asma é comemorado todos os anos na primeira terça-feira do mês de maio. Este ano (2022), a data caiu no dia 03 de maio.
No geral, a data comemorativa consiste em conscientizar sobre a asma, bem como fazer com que as pessoas compreendam os tipos de asma que podem afetá-las e proporcionar dicas de segurança imediatas para garantir que a gravidade da doença possa ser reduzida.
Dada a importância do tema, criamos o artigo de hoje. Assim, você poderá compreender melhor sobre o assunto e se conscientizar sobre a patologia. Confira mais adiante!
O que é asma?
Em poucas palavras, a asma é uma condição respiratória de longo prazo, na qual as vias aéreas do sistema humano podem se estreitar inesperada e repentinamente.
Geralmente isso ocorre em resposta a um alérgeno, ar frio, exercício ou estresse emocional. Estes fatores causam inflamações e inchaços nas vias aéreas de pacientes diagnosticados com asma.
Por conta deste inchaço ou inflamação, a passagem do trato respiratório fica restrita. Quando isso ocorre, os pacientes com asma começam a ter problemas para respirar.
Neste contexto, o estreitamento ou a contratilidade ultrapassa o limite, causando sintomas incômodos ao paciente.
Vale destacar que o processo da asma pode afetar todo o organismo do paciente, e não somente as vias aéreas.
Quais são as causas e os fatores de risco?
Via de regra, a asma é causada por conta de uma hipersensibilidade dos brônquios, na maioria das vezes hereditária. Entretanto, também pode estar relacionada a fatores ambientais.
A asma ou como também é conhecida bronquite asmática trata-se de uma doença crônica. Portanto, o Dia Mundial da Asma, visa trazer maior visibilidade quanto à patologia e esclarecer pontos como causas, diagnóstico, tratamento e prevenção.
Como vimos, a asma trata-se de uma doença caracterizada por um processo inflamatório crônico das vias aéreas inferiores (brônquios e bronquíolos). Considerando estes aspectos diversos fatores podem desencadear o problema como por exemplo:
- Alérgenos: ácaro, poeira, pólen, mofo, pelo de animais;
- Infecções: viroses, gripes, resfriados e sinusites;
- Mudança brusca de temperatura e exposição ao ar frio;
- Fatores ambientais: cheiros fortes, fumaças e poluição;
- Aspectos emocionais;
- Esforço físico.
Além destes, alguns tipos de medicamentos, alimentos, hormônios e fatores relacionados ao trabalho ou a escola, bem como outras doenças relacionadas ao trato respiratório também podem causar uma crise ou desenvolver asma.
Principais sintomas da asma
No geral, os sintomas mais comuns da asma incluem: dificuldade para respirar, chiado no peito, falta de ar, cansaço, aperto no peito e tosse frequente e prolongada (principalmente durante a noite).
É importante frisar que todos os sintomas destacados podem aparecer juntos ou isoladamente, perdurar por poucos ou longos períodos. Deste modo, é importante realizar manobras a fim de interromper as crises e tratar os sintomas.
Como é feito o diagnóstico da asma?
Infelizmente, o diagnóstico da asma não é tão simples quanto se parece. Isso porque, antes que um diagnóstico de asma possa ser feito, o especialista deverá levantar todo o histórico médico do paciente e solicitar testes de função pulmonar, como um teste de espirometria ou de alergia.
Além disso, a asma também é mais provável de ser diagnosticada se seus sintomas continuarem voltando, ou acontecer ao mesmo tempo a cada ano.
Também são analisados se são piores à noite ou no início da manhã, se são claramente desencadeados por exercícios, alergias ou infecções, ou se possuem um padrão sazonal.
Deste modo, o diagnóstico da asma é feito baseado na análise clínica do paciente, histórico familiar, histórico de sintomas e exames físicos.
Qual é o tratamento para asma?
Em síntese, o tratamento para asma consiste em medidas medicamentosas e não medicamentosas. No entanto, a identificação dos fatores de risco podem, não somente determinar qual será o tipo de tratamento a ser adotado, como também prevenir as crises antes que elas ocorram.
No quesito tratamento medicamentoso, há diversos medicamentos de uso contínuo que reduzem o processo inflamatório crônico típico da asma.
Neste ponto, é possível fazer uso de medicamentos inalatórios como as bombinhas que atuam como broncodilatadores interrompendo as crises.
É importante destacar que há diferentes níveis de crises, as mais graves podem requerer o auxílio respiratório de oxigênio. Portanto, é importante estar sempre atento quanto à gravidade dos sintomas, não abdicando dos medicamentos sempre que receitados.
Além dos tratamentos medicamentosos, há também os tratamentos não medicamentosos que consistem no cuidado e na higienização do ambiente.
Logo, um paciente diagnosticado com asma deve reduzir objetos que acumulem poeira e ácaros, evitar fumaças e manter todos os ambientes da casa (mas principalmente os quartos) o mais limpos e arejados possíveis.
Bombinha para asma vicia?
Como mencionamos, a bombinha para asma é uma das formas de tratamento. Mas, será que vicia?
O vício em inaladores é um equívoco, uma crença errada que de alguma forma continua a propagar apesar das evidências em contrário.
Geralmente, o vício resulta do uso indevido ou do abuso de drogas que agem sobre o cérebro para produzir um efeito estimulante, eufórico, calmante ou alucinógeno.
Considerando estes aspectos, é importante ressaltar que um inalador é apenas um dispositivo para administração de um medicamento usado para asma. Não sendo assim, uma droga por si só. Portanto, não há dúvida de dependência referente ao inalador.
Conclusão: Asma tem cura?
Como vimos, a asma é uma doença inflamatória de longa duração que afeta as vias aéreas dos pulmões. Neste, a pessoa apresenta sintomas como tosse, problemas na respiração, chiado no peito, aperto no peito, entre outros sintomas para lá de desconfortáveis que quando tratados são minimizados.
Mesmo com tantos estudos e com a evolução da medicina, a asma ainda não pode ser curada permanentemente. Mas, trabalhar em seus gatilhos pode mantê-la sob controle. Para isso, uma pessoa que sofre de asma deve ficar o mais longe possível de poeira, alérgenos e fatores que desencadeiam as crises.
Assim, o Dia Mundial da Asma não somente serve para conscientizar toda a população a respeito da doença, como também para trazer luz às causas, fatores de risco, sintomas, diagnósticos e tratamento. Portanto, se você tem alguma dúvida se pode ou não ter asma, não deixe de consultar um especialista.
