A saúde da mulher é sem sombra de dúvidas, algo que merece extrema atenção. Afinal, existem algumas doenças que só acomete o público feminino, como é o caso, por exemplo, do câncer de colo de útero.
Resumidamente, o câncer de colo de útero é um dos tipos que mais demoram para se desenvolver, apresenta sintomas silenciosos ou que são facilmente confundidos com outras patologias. Apesar disso, as alterações das células que dão origem a ele costumam ser facilmente descobertas durante o exame preventivo.
Justamente por conta disso, que a taxa de mortalidade por câncer de colo de útero caiu significativamente com o aumento do rastreamento da doença por meio de exames, como o papanicolau. Entretanto, ainda assim, pouca coisa mudou na última década.
Para se ter uma ideia, de acordo com dados do INCA, no Brasil, excluindo os tumores de pele não melanoma, o câncer de colo de útero é o terceiro tipo de câncer com maior incidência entre as mulheres, sendo, inclusive, uma das causas mais frequentes de óbitos entre o público feminino.
Embora seja um assunto de suma importância, nem todas as mulheres possuem amplo conhecimento sobre o tema. Pensando nisso, reunimos a seguir, uma série de informações sobre o câncer de colo de útero a fim de eliminar de uma vez por todas as dúvidas sobre o assunto, esclarecer e ajudar em uma melhor compreensão. Acompanhe:
O que é o câncer de colo de útero?
De modo geral, o câncer nada mais é do que um crescimento atípico e descontrolado das células que pode acontecer em qualquer pessoa, bem como em qualquer órgão ou região.
No caso especificamente do câncer de colo de útero, este diz respeito ao crescimento destas células, formando um tumor no terço inferior do útero, parte também conhecida como colo, podendo tanto ficar ali, quanto entrar em metástase e afetar outros órgãos.
Na maioria dos casos, o câncer de colo de útero é silencioso, podendo passar despercebido com certa facilidade por longos períodos. Todavia, pode ser facilmente identificado através de exames de rotina, como é o caso, por exemplo, do papanicolau.
Não à toa, a conscientização segue sendo a forma mais fácil e simples para garantir a prevenção deste e de outros tipos de cânceres. Assim, não são poucas as campanhas que visam estimular e possibilitar o acesso aos cuidados e informações para todas as mulheres.
Vale ressaltar que o maior causador identificado até então do câncer de colo de útero é o papilomavírus humano, o famoso HPV. Sua infecção contínua é um forte desencadeador do câncer de colo do útero, por isso existem tantas campanhas a fim de divulgar a doença, formas de contágio e, principalmente, maneiras de preveni-la.
Sinais e sintomas do câncer de colo de útero
O câncer de colo do útero não costuma ser inicialmente rápido e/ou agressivo, o que pode fazer com que seu princípio seja silencioso e passe despercebido. Mas com o decorrer da evolução, ele pode sim dar sinais de que está presente.
Os principais sintomas associados ao câncer de colo de útero são: sangramento vaginal frequente, sem motivos aparentes ou ainda após as relações sexuais, que costumam também ser razão para que a paciente sinta algumas dores; secreções atípicas; dor no baixo ventre e desconfortos tanto urinários quanto intestinais.
Além destes, sintomas como inchaço nas pernas, presença de sangue na urina, sangramento após a menopausa ou ainda sangramento menstrual mais prolongado do que o habitual, também podem surgir e estão frequentemente associados à patologia.
De modo geral, o câncer de colo de útero normalmente pode ser diagnosticado em mulheres com idade entre 35 e 50 anos, sendo muito mais raramente em mulheres com menos de 20 anos. Mulheres com mais de 65 anos também podem ser acometidas pela doença.
Para se prevenir contra a doença, é recomendado realizar um acompanhamento ginecológico periódico, devendo este, iniciar com a vida sexual ativa.
Causas e fatores de risco do câncer de colo de útero
Antes de mais nada, é importante entender que um fator de risco é algo que afeta as chances de uma pessoa de contrair uma doença. Portanto, diferentes patologias, apresentam diferentes fatores de risco e, muito embora, podem influenciar no desenvolvimento de uma doença, não se trata de uma sentença final.
Algumas pessoas, mesmo com vários fatores de risco, nunca desenvolverão a patologia, enquanto outras sem nenhum fator conhecido, poderão fazê-lo. No entanto, conhecer os fatores de risco que podem ou não causar o câncer de colo de útero, é uma ótima forma de focar sua atenção e manter um acompanhamento regular.
Atualmente, existem alguns comportamentos que já são amplamente estudados e requer a sua devida atenção. Dentre os quais, destacam-se:
- Histórico familiar;
- Tabagismo;
- Má higiene pessoal;
- Uso prolongado de anticoncepcional oral por mais de 10 anos;
- Uso prolongado de remédios imunossupressores e corticoides;
- Início da vida sexual muito precoce;
- Ter vários parceiros sexuais;
- Não usar preservativo durante o contato íntimo;
- Ter alguma IST, especialmente HPV, herpes genital, clamídia ou AIDS;
- Ter tido vários partos;
- Exposição à radiação ionizante;
- Já ter tido displasia escamosa da vulva ou da vagina;
- Baixa ingestão de vitamina A, C, Betacaroteno e ácido fólico.
Levando tudo isso em conta, estar atenta para manter estes fatores de risco o mais distante possível da sua saúde é essencialmente importante para afastar além de outras doenças, o câncer de colo de útero.
Como se prevenir do câncer de colo de útero?
Apesar de nenhum método ser 100% confiável, manter ao menos três cuidados básicos compõe a melhor estratégia para se manter longe da doença, são eles:
- Usar camisinha: apesar de não promover a proteção total, o uso de preservativo faz com que as chances da mulher contrair HPV do parceiro diminuam de forma bastante significativa. Se houver a possibilidade de optar pela camisinha feminina, as chances de ser infectado pela doença são ainda menores.
- Vacinar-se: a vacina contra o HPV entrou no calendário vacinal do Ministério da Saúde há alguns anos e pode ser administrada em meninas de 9 a 13 anos. Ela é completamente segura e inclui quatro subtipos de HPV, onde dois deles são responsáveis apenas pelas verrugas genitais, enquanto os outros dois são os maiores causadores de câncer de colo de útero, sendo responsáveis por até 70% dos casos.
- Fazer consultas periódicas no ginecologista: o hábito de se consultar com um ginecologista ao menos uma vez por ano é responsável por manter uma saúde íntima regular. Nestas consultas, o exame denominado Papanicolau é feito em mulheres entre 25 e 64 anos que estiverem com a vida sexual ativa. Ele tem a capacidade de identificar a contaminação por HPV, sendo indicado, inclusive, para pacientes vacinadas, uma vez que a prevenção não engloba todos os subtipos oncogênicos da doença.
Caso seja solicitado a realização de exames, conte com a Cedusp. Aqui, você tem acesso a uma equipe de profissionais altamente qualificados, equipamentos de ponta e atendimento personalizado.
Proporcionamos um ambiente limpo e seguro para você realizar os seus exames com maior tranquilidade e comodidade.
Leia também: Exames ginecológicos e obstétricos