A prematuridade é um tema importante de interesse internacional e isso não é por menos, afinal, este é o termo usado para caracterizar o nascimento antes do previsto.
O tempo médio de uma gestação é de 40 semanas, mas em circunstâncias normais, a partir de 37 semanas a mamãe já pode entrar em trabalho de parto sem que o seu bebê seja considerado prematuro.
Já um bebê prematuro é aquele que nasce com menos de 37 semanas de gestação. Por conta disso, ele não chega a ficar dentro da barriga da mãe pelo período de tempo necessário para atingir um desenvolvimento completo, o que pode resultar em uma série de problemas ao recém-nascido.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2021, a prematuridade foi a principal causa de mortalidade infantil ao redor de todo o mundo. Não à toa, são inúmeras as campanhas que visam trazer luz ao tema, informar e contribuir de alguma forma com a prevenção, como é o caso, por exemplo, da campanha “Novembro Roxo”.
Novembro Roxo, assim como Outubro Rosa e Novembro Azul, trata-se de um mês de sensibilização internacional para o tema que através de ações e eventos, tem como objetivo conscientizar a população a respeito da prematuridade, que pode ocorrer por uma série de fatores, afetar mulheres de diferentes faixas etárias, etnias e status social.
Vamos entender adiante o que é a prematuridade, quais são as principais causas e como evitar a condição. Acompanhe:
O que é prematuridade?
Como mencionado anteriormente, um bebê prematuro consiste no nascimento antecipado entre 22 e 37 semanas de gestação (antes disso, trata-se de um aborto, uma vez que não há viabilidade fetal).
Vale ressaltar que o bebê prematuro pode ser classificada em três grupos distintos:
- Pré termo tardio: quando o nascimento ocorre maior ou igual a 34 semanas;
- Pré termo moderado: quando o nascimento ocorre entre maior ou igual a 30 semanas e menor que 34 semanas;
- Pré termo extremo: quando o nascimento ocorre com menos de 30 semanas de gestação.
Aqui, é importante ter em mente que a prematuridade oferece uma série de riscos à saúde do recém-nascido e requer uma série de cuidados médicos específicos. Normalmente, o bebê prematuro precisa ficar internado por um período variável em uma UTI Neonatal para receber o suporte necessário, ganhar peso e completar o seu desenvolvimento.
Também é importante destacar que com o avanço da tecnologia, atualmente, a sobrevida destes bebês tem aumentado muito nos últimos anos. Portanto, apesar de ser um risco para a saúde do bebê prematuro, há grandes chances destes bebês se desenvolverem de maneira saudável.
Complicações causadas pela prematuridade
Em geral, quanto mais prematuro for o bebê, maior será o risco de complicações que ele terá. Isso ocorre, principalmente, por conta da imaturidade dos órgãos, que não tiveram o tempo necessário para se desenvolverem.
O bebê prematuro que nasce com menos de 34 semanas, pode apresentar condições como:
- Dificuldade para manter a temperatura corporal;
- Problemas no aparelho digestivo, prejudicando a digestão do leite;
- Baixos níveis de anticorpos;
- Funções de órgãos reduzidas, principalmente dos rins;
- Dificuldade para respirar, precisando de suporte de oxigênio;
- Dificuldade no controle dos níveis de glicemia, o que pode provocar convulsões;
- Dificuldade para se alimentar, a maioria dos bebês prematuros não conseguem coordenar respiração com a sucção e a deglutição, por isso, é comum usarem uma sonda gástrica para receber o leite materno durante a internação.
Já o bebê prematuro que nasce com menos de 32 semanas de gestação ou ainda que tenha peso inferior a 1,5 Kg, pode apresentar as seguintes complicações:
- Hemorragia peri-intraventricular, que nada mais é do que o rompimento de vasos do cérebro. A maioria das hemorragias deste tipo são pequenas e costumam ser absorvidas pelo organismo sem causar sequelas;
- Retinopatia da prematuridade, caracterizado pelo crescimento desorganizado dos vasos sanguíneos, em alguns casos não é necessário realizar nenhum tipo de intervenção, enquanto em outros uma cirurgia pode ser recomendada.
- Problemas cardíacos
- Autismo
Principais causas da prematuridade
Muitos são os fatores que podem causar o nascimento prematuro de um bebê. Em alguns casos é possível identificar exatamente qual é o causador do fato, porém, em outros, é extremamente difícil apontar um único fator para tal.
Circunstâncias como a falta de pré-natal (ou acompanhamento relapso), consumo de álcool, cigarro, drogas, estresse, diabetes, hipertensão, obesidade, e até mesmo gravidez de múltiplos são exemplos de situações muito comuns que antecedem um nascimento antes da hora.
É importante saber que a prematuridade é multifatorial, isso significa que ela pode ser originada tanto de causas evitáveis, como não evitáveis. Portanto, o acompanhamento pré-natal é de suma importância para garantir um pleno desenvolvimento do bebê e um nascimento em tempo adequado.
Outras causas comuns associadas à prematuridade são: sobredistensão uterina; ruptura prematura de membranas ovulares; gestação gemelar; gestação de alto risco; placenta prévia; descolamento prematuro da placenta; infecções; malformações e etc.
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Como evitar um parto prematuro?
O acompanhamento pré-natal é sem sombra de dúvidas, o primeiro grande passo para que tudo corra em seu fluxo natural. Além de garantir os cuidados necessários, o apoio médico especializado proporciona mais conforto e segurança antes e durante a gestação.
Em geral, eles garantem não somente a saúde da mãe, como também a do bebê e ainda ajudam a evitar que aconteça o parto prematuro. Isso porque, no pré-natal são feitas todas as principais notas sobre o andamento da gravidez, registradas consultas, exames e informações importantes para que um médico possa se guiar no caso de possíveis complicações.
Com esse acompanhamento, é possível que se monitore e até mesmo antecipe a possibilidade de um parto prematuro, fazendo com que o andamento seja o mais coordenado possível, contornando eventuais situações de risco e proporcionando maiores chances de sobrevida para mãe e bebê.
Apesar disso, é importante destacarmos que cada gestação é única e, portanto, requer um tipo de acompanhamento. Além disso, também é importante ressaltar que nem todo caso de prematuridade pode ser evitado.
Somente um especialista está apto a solicitar exames e indicar abordagens que busquem assegurar o desenvolvimento da gestação e permitir o parto de um bebê saudável.
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