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30 de Maio: Dia Mundial da Esclerose Múltipla

O dia 30 de Maio é o Dia Mundial da Esclerose Múltipla, uma doença inflamatória complexa e bastante severa. Saiba mais sobre o assunto!
dia mundial da esclerose multipla

No dia 30 de maio, divulga-se o Dia Mundial da Esclerose Múltipla, uma doença severa e ainda desconhecida por muitos. A criação desse dia especial tem como intenção difundir a conscientização sobre a doença.

Entretanto, muito mais que apenas fazer com que as pessoas entendam do que se trata, a ideia de criar essa data é conectar as pessoas que sofrem com a enfermidade. Criando, portanto, uma rede de apoio que mostre ao paciente que ele não está sozinho, que dê a ele espaço para contar a sua história e ouvir outras como a sua, trazendo maior conforto que, infelizmente, somente o uso das medicações não é capaz de proporcionar.

Deste modo, o Dia Mundial da Esclerose Múltipla, pode não apenas conscientizar toda a população quanto a doença, como facilitar sua identificação e, após identificada, estimular os cuidados necessários para que a vida siga da forma mais normal possível. A seguir, saiba mais sobre a esclerose múltipla.

O que é esclerose múltipla?

Em resumo, a esclerose múltipla trata-se de uma doença inflamatória que afeta diretamente a “capa” que protege os neurônios, chamada de bainha da mielina e possui como característica afetar diretamente o cérebro, o cerebelo, o tronco encefálico e a medula espinhal.

Quando um paciente possui esclerose múltipla, seu corpo passa a atacar a si próprio, especificamente a mielina, resultando assim em uma série de falhas quanto ao funcionamento básico do organismo.

É importante destacar que a esclerose múltipla é considerada como uma doença complexa que ainda não tem cura. Todavia, assim que identificada, apresenta uma série de opções de tratamento para controle tanto dos episódios, chamados de surtos, como para o espaçamento deles.

Segundo dados do Ministério da Saúde, atualmente, a EM como também é chamada acomete cerca de 2,8 milhões de pessoas no mundo inteiro. No Brasil, cerca de 40 mil pessoas vivem com esclerose múltipla. O que sem dúvidas, demonstra ainda mais a importância do Dia Mundial da Esclerose Múltipla para a conscientização popular.

Quais são as causas e os fatores de risco para a esclerose múltipla? 

Ainda de acordo com o MS, a EM acomete principalmente jovens adultos, tendo como faixa-etária principal dos 20 aos 40 anos. Os fatores básicos são: os ambientais e a carga genética. Dentre os fatores ambientais catalogados até então são:

  • Doenças virais (Epstein-Barr);
  • Baixos índices de vitamina D observados por longos períodos;
  • Tabagismo;
  • Obesidade;
  • Exposição a solventes orgânicos.

Vale destacar que de acordo com as experiências ao longo dos anos, os cientistas conseguiram determinar que a esclerose múltipla pode ocorrer com mais frequência em pessoas que tiveram sua adolescência exposta aos fatores ambientais descritos acima. Portanto, estas fazem parte de um dos principais grupos de risco a desenvolver a doença.

Sintomas da esclerose

No geral, os sintomas da esclerose, quando aparecem, são denominados de surtos. Um surto, após ocorrido, leva uma média de 30 dias para alcançar o restabelecimento do corpo. Entretanto, esse restabelecimento nem sempre é total, podendo em muitos casos ser parcial.

Além disso, um paciente diagnosticado não precisa ter um número exato de sintomas para que seja considerado um surto. Quando em surto, durante os 30 dias, caso apareça mais algum sintoma, este também é contabilizado como parte do surto em andamento e não como um novo.

Tais informações são importantes, sobretudo, saber identificar os sinais que o organismo dá sobre estar em um surto de esclerose múltipla também se faz fundamental. Neste sentido, entre os mais comuns destacam-se:

  • Alteração na visão ou visão turva;
  • Vertigem;
  • Redução do controle dos esfíncteres seguidos de incontinência urinária e/ou intestinal;
  • Dormência ou formigamentos;
  • Fraqueza dos membros, resultando em dificuldade de andar ou executar atividades comuns do dia a dia;
  • Fadiga;
  • Falta de controle da coordenação motora;
  • Alteração da memória;
  • Oscilação do humor;
  • Episódios de depressão ou ansiedade.

Vale frisar que o surto é o resultado da inflamação que ocorre diante do ataque que o organismo faz na bainha da mielina. Por isso, há a necessidade de aguardar, com acompanhamento médico, o tempo do corpo se restabelecer e superar a inflamação.

Como é feito o diagnóstico da esclerose múltipla

Basicamente, o diagnóstico da esclerose múltipla é feito por médicos especialistas, com a junção de análise clínica, exames de imagem e exames laboratoriais. Normalmente, os critérios utilizados para essa avaliação são os Critérios de McDonald, um protocolo estabelecido em 2017.

Segundo este protocolo, além da avaliação feita pela anamnese, o paciente deve ser submetido a uma ressonância magnética, que é o exame determinante para identificar a doença. Também pode ser solicitada uma punção, feita da coluna lombar, onde o líquido encefálico é coletado para uma análise mais aprofundada.

É importante destacar que todos os exames possuem fundamentalmente o objetivo de proporcionar uma maior segurança ao diagnóstico, de forma a não restarem dúvidas sobre a enfermidade do paciente.

Tratamento para esclerose múltipla

Quando confirmado, as possibilidades de tratamento para esclerose múltipla se subdividem em: controle da fase em que o surto está ativo e espaçamento entre um surto e outro. Para a primeira situação, o tipo de medicação indicado é corticosteroide. Já para a segunda, são utilizados imunossupressores e imunomoduladores.

Deste modo, o acompanhamento médico se faz necessário em todo o processo, desde o diagnóstico ao tratamento. Portanto, a adesão do paciente ao tratamento também é de grande importância, pois sem o consumo dos medicamentos, não haverá nenhuma melhora do quadro apresentado.

Aliado ao tratamento medicamentoso, a neurorreabilitação também é fundamental para reduzir a espasticidade, os espasmos, a depressão, o cansaço, a fadiga, dentre os demais sintomas. Esta terapia complementar, promove ao paciente a harmonia física e emocional, o que sem dúvidas auxilia a melhora da capacidade de ele voltar a realizar as atividades regulares da sua rotina.

Conscientização e prevenção: A importância do Dia Mundial da Esclerose Múltipla

Considerando todos estes aspectos, manter a visibilidade do Dia Mundial da Esclerose Múltipla é uma forma de fazer com que menos pessoas sofram, quando portadoras da doença. Bem como ser uma forma de fazer com que quem vive com ela consiga compreender melhor o que se passa durante um surto.

Apesar de não haver muito como prevenir a doença, o conhecimento sobre ela faz com que as pessoas fiquem atentas aos menores sinais que ela pode dar. Afinal, identificar as doenças de forma precoce é a segunda melhor forma de lidar com elas, ficando atrás apenas da prevenção.

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